Lendas
A Lenda de Timor |
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A Lenda de Timor |
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Aqui temos uma lenda do Brasil, país natal dos pais de uma aluna.
É sempre interessante conhecer outras culturas.
Quando o príncipe D. Pedro chegou à idade de casar, o rei D. Afonso IV fez o que era costume na época: mandou pedir a mão de uma menina nobre para o seu filho. A escolhida foi Constança Manuel, que pertencia à família real castelhana.
D. Pedro recebeu D. Constança como sua mulher mas apaixonou-se perdidamente por uma das aias que a acompanhavam.
Não é fácil esconder sentimentos fortes. Toda a gente percebeu, comentou, cochichou. Há quem diga que D. Constança também sabia do caso e tentou resolvê-lo de uma maneira subtil. Naquele tempo os padrinhos de uma criança passavam a ser como irmãos dos pais da criança. Um acto de amor entre eles seria considerado crime.
Para impedir que o marido se aproximasse da aia, convidou-a para madrinha do primeiro filho rapaz.
O menino, de nome Luís, faleceu uma semana depois de baptizado, e então é que estalou o falatório! A corte em peso comentava pelos corredores que a culpa era de Inês. Com certeza não tinha pronunciado com fé as palavras sagradas junto da pia baptismal...
A hostilidade cresceu à volta de Inês de Castro, reforçada com este excelente pretexto. Mas a verdade é que há muito despertava invejas. Entre as mulheres, por ser linda. Entre os homens, por não lhes prestar atenção.
O romance continuou, embora discreto. E o príncipe não descurou as obrigações matrimoniais, já que no ano seguinte Constança deu à luz outro rapaz, Fernando.
Nessa altura o destino encarregou-se do assunto. D. Pedro ficou viúvo, e juntou-se com a sua amada. Durante alguns anos viveram felizes e despreocupados. Quando já tinham três filhos pequenos, instalaram-se em Coimbra para passar uma temporada num pavilhão de caça que se erguia no sítio onde hoje fica a Quinta das Lágrimas. E as intrigas voltaram agitar a corte, chegando ao ponto de convencer o rei de que a única forma de afastar Inês era matá-la. Um dia, sabendo que o príncipe saíra para ir à caça, o rei e três homens da corte foram procurá-la.
Tinham combinado que a matariam onde a encontrassem. Por acaso encontraram-na à beira de uma fonte.
D. Inês percebeu ao que vinham; ficou aflitíssima, chorou, lembrou os filhos, que tão pequeninos iam ficar sem mãe. O rei então hesitou, mas não quis desdizer-se e foi-se embora, deixando aos três malvados companheiros liberdade para procederem como entendessem. E eles apunhalaram-na sem dó nem piedade!
Segundo a tradição, o sangue de Inês escorreu sobre as pedras da fonte e nunca mais ninguém conseguiu apagar a mancha vermelha que ali ficou para sempre a lembrar o terrível crime.
D. Pedro, louco de dor, levantou-se em armas contra o pai e incendiou muitos castelos e povoações que lhe pertenciam. Só passado muito tempo aceitou fazer as pazes, mas aos assassinos nunca perdoou. Mal subiu ao
trono, mandou persegui-los, capturou dois e condenou-os à morte. Segundo consta, exigiu ao carrasco que arrancasse o coração a um pelo peito e a outro pelas costas! Diz-se também que retirou Inês do túmulo, a sentou no trono e obrigou a corte a beijar-lhe a mão, o que é muito pouco provável que tenha acontecido. Mas não restam dúvidas de que lhe organizou um enterro espectacular. Mandou construir dois belos túmulos, um para si próprio e outro para Inês. Quando ficaram prontos, ordenou que os colocassem no mosteiro de Alcobaça. E então organizou um cortejo fúnebre entre Coimbra e Alcobaça. Gente do povo, do clero e da nobreza espalhou-se pelo caminho, e todos fizeram vénias à passagem do caixão. E muitos criados acompanharam o enterro com tochas acesas.
Actividade:
Reescrever uma lenda
Esta actividade pode ser desenvolvida no 4º ano, no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa.Permite desenvolver as mais diversas competências, tais como:
· Descobrir a multiplicidade de dimensões da experiência humana, através do acesso ao património escrito legado por diferentes épocas e sociedades e que constitui um arquivo vivo da experiência cultural, identifica e tecnológica da Humanidade;
· Exprimir-se oralmente e por escrito de forma confiante, autónoma e criativa;
· Comunicar de forma correcta e adequada em contextos diversos e com objectivosdiversificados.
Sugestões:
· Dar um fim diferente a uma lenda já conhecida, por exemplo, a de D. Pedro e D. Inês;
· Reescrever a lenda, imaginando como seria se ela acontecesse nos dias de hoje.
Organização do trabalho na sala:
· Em grupos, as crianças pesquisam no À Descoberta de Coimbra dividindo tarefas, sobre a lendade
D. Pedro e D. Inês;
· Pesquisar em Lendas “O amor de Pedro e Inês”;
· Estabelecer com o grupo um tempo limite para o término da actividade;
· Organizar a informação recolhida;
· Escrever a lenda, de modo a que esta esteja o mais completa possível;
· Dividir os vários grupos pelas seguintes tarefas:
· Parte dos grupos vão continuar a escrever a história, imaginando como seria se a D. Inês nãotivesse sido assassinada;
· Os restantes grupos vão reescrever a história imaginando como seria se D. Pedro e D. Inês setivessem conhecido nos dias de hoje;
· Cada grupo deve escolher um porta-voz para fazer a apresentação
· À medida que as crianças vão terminando, pedir-lhes ajuda para que ordenadamentecomeçarem a mudar a disposição da sala (de modo a que todas as crianças tenham visibilidadepara o local onde se vão apresentar os trabalhos de grupo, de forma a evitar distracçõesparalelas).
· Terminada esta tarefa, o porta-voz de cada grupo dirigir-se-á para o local combinado eapresentará o seu trabalho à restante turma.
· Posteriormente, poderá aproveitar estes textos produzidos pelos alunos e pedir-lhes que os dramatizem.
Neste caso, poderá fazer uma lista de vocabulário da época, sugerindo que as crianças o utilizem nos seus diálogos e deverá fornecer alguns adereços para que a representação se torne mais interessante.
Ana Cristina
Lenda da terra Natal dos avós de uma aluna da turma do 3º N
Ana Cristina
Roendo uma laranja na falésia
Olhando o mundo azul à minha frente,
Ouvindo um rouxinol nas redondezas,
No calmo improviso do poente
Em baixo fogos trémulos nas tendas
Ao largo as águas brilham como prata
E a brisa vai contando velhas lendas
De portos e baías de piratas
Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem que por amor se matou novo
Aqui, no lugar de Porto Côvo
A lua já desceu sobre esta paz
E reina sobre todo este luzeiro
Á volta toda a vida se compraz
Enquanto um sargo assa no brazeiro
Ao longe a cidadela de um navio
Acende-se no mar como um desejo
Por trás de mim o bafo do destino
Devolve-me à lembrança do Alentejo
Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem que por amor se matou novo
Aqui, no lugar de Porto Côvo
Roendo uma laranja na falésia
Olhando à minha frente o azul escuro
Podia ser um peixe na maré
Nadando sem passado nem futuro
Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem que por amor se matou novo
Aqui, no lugar de Porto Côvo
www.youtube.com/watch?v=0xomgXqhKQs
Ana Cristina
Lenda dos Tripeiros
Os estaleiros do porto construiam naus para uma encomenda do reino mas que para a qual se desconhecia a destinação, assim corriam muitos boatos sobre a utilização futura desta frota, foi mesmo questão de ser utilizada para o casamento dos princepes do reino. Certo dia, o Infante D. Henrique veio ao Porto para ver o avançamento da construção naval dos barcos .
O Infante visitou os estaleiros e apreciou o trabalho que ai se fazia , confiando no mestre encarregado das obras "mestre Vaz", disse-lhe que essas embarcações se destinavam à conquista de Ceuta, para isso lhe pedia de guardar segredo e de motivar os homens a mais empenho e sacrificios a fim de levar a bem essa obra.
O mestre Vaz assegurou-lhe que faria tudo que fosse possivel e faria mesmo a mesma coisa que fizeram anos a tras, quando as guerras com Castela: o povo do porto, Comeram so tripas para poderem dar a carne aos soldados que combatiam os castelhanos. Por este sacrificio as gentes do Porto eram mesmo conhecidos pela alcunha de "tripeiros".
O Infante D. Henrique ficou tão impressionado e emocionado pelo gesto que honrava este povo, e disse que esse nome de "tripeiros" entraria à historia de Portugal como um sacrificio heroico e invulgar do povo do Porto.
Dos estaleiros dos " tripeiros" do Porto, sairam 20 naus e 7 galés que participaram a grande frota do Infante D. Henrique , que conquistaram Ceuta.
Ana Cristina
Lenda da terra natal do pai de um aluno.
Lenda da terra natal da mãe de uma aluna- Porto
Lenda do Rio Douro
Como muitos outros rios também o Rio Douro anda envolvido num episódio lendário.
E diz-se que, no momento da criação, quando Deus procedeu ao lançamento dos rios pela terra, com a determinação do dia em que dariam início à marcha para o destino comum — o mar —, o Douro se deixara adormecer.
Assim, não pôde partir na hora aprazada pois só lembrara a prescrição ao acordar do seu sono pesado.
Com a maior surpresa, ainda estremunhado, o Douro pôde ver que os outros rios já serpenteavam nos vales, cortando serras e dividindo montes, em cumprimento dos propósitos fixados por Deus para seu fadário.
Face ao seu descuido, passado o momento da estupefacção, cobrou ânimo e pensou na maneira de levar a cabo a recuperação.
Então, para ganhar o que perdera com o seu descanso, empreendeu uma corrida difícil, mas decidida e corajosa, descendo fragas, atravessando montanhas, partindo rochas, galgando penedias, até que atingiu o oceano atlântico muito antes dos outros, apesar destes terem saído mais cedo, mas que preferiram escolher um trajecto com terrenos mais suaves.
As lendas do Rio Douro(canção)( Popular Portugués )
As águas do Río Douro a correr
Véem cantando baixinho
Passam nas margens de leve a bater
Gom brandura e com carínho Mulheres
Barcos Rabelos passando a vogar.
Com as velas remendadas
Lendas antigas nos fazem lembrar
Contos de reis e de fados Homens
Conta a lenda que o nobre Mouro
á noitinha la namorar
com as ninfas
do Rio Douro ao luar
REFRAO As ninfas levam segredos para o mar
Das moças namoradeiras Mulheres
Porque nas margens do Douro a cantar
Há bonitas lavadeiras Mulheres
Dizem que quando aparece o luar
Em noites de lua cheia Homens
As ninfas do Rio Douro a cantar
Daçam o vira na areia Homens
Ana Cristina
Fernanda Caetano
Consta-se que há muitos anos viveu em Odemira, na altura não se chamava Odemira, portanto, era uma terra habitada por árabes e que a rainha se chamava...aliás o rei chamava-se Ode. Um dia ao serem invadidos pelos cristãos, os cruzados na altura, portanto, subiram o rio Mira e a princesa, ao ver os barcos a subir o rio, gritou do alto do seu palácio: “ Ode, Ode, mira!!!”
Portanto é isso, segundo se consta a lenda, daí vem o nome de Odemira, que a rainha ao chamar pelo rei e ao apontar para mira, para ele olhar para o rio, ao subirem os cristãos, portanto ficou o nome de Odemira! Se é verdade ou mentira não sei...mas sempre ouvi esta história assim!
Lenda da terra dea mãe de uma aluna- Reguengos de Monsaraz
Ana Cristina